SALOMÃO,
O MOSQUITO E O VENTO
- Ó grande Salomão, que a paz esteja contigo - disse em voz alta. -
Venho suplicar- te que corrijas as injustiças de que diariamente sou vítima
em tua corte.
Ao que Salomão respondeu:
- Faze as tuas queixas, e certamente serás ouvido.
- Ilustre e digno senhor - disse então o
mosquito - minha queixa é contra o vento. Cada vez que saio o vento
chega e me atira longe com seu sopro. Assim não tenho esperanças de
chegar aos lugares que acredito serem meu destino legal.
- De acordo com os princípios legais geralmente aceitos - falou o
rei Salomão, - não se pode admitir qualquer reclamação sem que
a parte acusada esteja presente para defender- se.
E, virando- se para seus cortesãos, Salomão ordenou:
- Chamem o vento para que exponha seu ponto de vista.
Chamado o vento, uma suave brisa anunciou a
sua presença. Depois ficou mais forte. Então o mosquito gritou:
- Ó grande rei! Retiro minha queixa. O ar está
me obrigando a voar em círculos e antes que chegue o vento verdadeiro
terei sido arrastado para longe. Assim, as condições impostas tanto pelo reclamante como pela corte, para que se fizesse justiça, foram consideradas impossíveis.
"Isto não representa uma visão amarga da humanidade e do mundo, mas antes uma descrição exata de como é o mundo. A JUSTIÇA é simplesmente um conceito que quase não tem aplicabilidade, particularmente naquilo que diz respeito a suas próprias escolhas de auto-realização e felicidade." Dr. Wayne W. Dyer
|